O deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) exigiu que os diretores do BC: “parem de mentir para o povo brasileiro que a culpa é do déficit público! Não é. O déficit público do ano passado foi mínimo. Os Estados Unidos foi dez vezes maior, contra 5% de juros”. “Na média dos bancos centrais do mundo e dos principais pontos de análise macroeconômico dos países, o Brasil não merece pagar 14,25% de juros, enquanto os Estados Unidos pagam 5,5%.
Enquanto a média da OCDE é mais baixa ainda. E vou dizer do porquê, a nossa inflação média, no ano passado, foi 5%. O OCDE, 4,5%. Estados Unidos, 2,2%. Nossa dívida pública é de 76% do PIB, bruta. A média da OCDE, 84%. Estados Unidos, 124%”, lembrou o parlamentar. “Déficit fiscal, o do Brasil foi de 0,9%, em 2024. O da OCDE foi 3,4%. Nos Estados Unidos, o déficit foi de 8% do PIB”, sentenciou.
“Eu não tenho o que comemorar com o Banco Central”, afirmou o parlamentar. “Se não sair dessa manipulação de taxa de juros com base na inflação. Desde o plano real, a inflação média do Brasil é 6%. Onde está o problema?, questionou Carlos Hauly, ao denunciar que a manutenção da taxa de juros em níveis escorchantes “aumenta o custo das empresas brasileiras e do preço dos bens e serviços, tanto interno quanto na exportação, e encarece a vida do brasileiro”.
Já o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) apelou para que o BC pudesse “dar uma reduzida nessa taxa de juros”. “Na semana passada teve a maior feira da agricultura familiar do Brasil, em Rio Pardo (RS). Não deu um negócio, porque ninguém se atreve a comprar uma máquina, por menor ou maior que seja, pagando 15% de juros.
A indústria de máquinas vai parar e dos equipamentos agrícolas também. Porque o agricultor pode não ter muito estudo, mas sabe fazer conta e não quer ficar devendo para ninguém. E a grande maioria dos nossos agricultores gaúchos, porque plantaram cinco vezes e não colheram, estão endividados”, disse o parlamentar, ao destacar que seu estado foi bastante afetado por problemas climáticos.