“A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, já elevadas, vêm sendo constantemente aumentadas pelo Banco Central. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias”, alerta José César da Costa, presidente da CNDL.
Os juros elevados e os preços dos alimentos pressionando a renda dos brasileiros elevaram a inadimplência no mês de fevereiro, atingindo 68,76 milhões de brasileiros, segundo dados Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Significa que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,50%) estavam negativados em fevereiro deste ano.
“A inadimplência no Brasil tem apresentado um crescimento constante, com poucas oscilações, enquanto a recuperação de crédito segue em declínio. A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, que já estão elevadas, têm previsão de alta. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias, reduzindo sua capacidade de honrar compromissos financeiros” destacou o presidente da CNDL, José César da Costa, ao divulgar a pesquisa na segunda-feira (17).
O percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 3,22% sobre fevereiro de 2024. Na passagem janeiro para fevereiro houve um recuo no número de devedores no percentual de ‐ 0,04%.
Cada consumidor devia, em média, R$ 4.650,21, na soma de todas as dívidas, a maior parte delas com os bancos (66,50%), seguidos por 10% no Comércio, Água e luz com 9,77%, outros com 8,07% e Comunicação com 5,65% do total das dívidas em atraso.
Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 45,23% da população adulta da região está com as contas em atraso. A região com menor percentual de inadimplentes é a Sul onde a proporção de negativados equivale a 37,05% da população adulta da região.
