O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (7/3), que o governo pode tomar atitudes “mais drásticas” para baixar o preço dos alimentos aos consumidores brasileiros, durante a entrega de lotes para famílias acampadas em assentamentos rurais em Campo do Meio (MG).

Lula disse que o governo quer encontrar uma solução pacífica, mas que se não encontrar vai ter que tomar atitudes mais drásticas, porque o que interessa é levar a comida barata para mesa do povo.

Não foram reveladas quais seriam as medidas drásticas, mas o governo precisa tomar atitude firme para enquadrar aqueles que manipulam a comercialização dos alimentos cobrando preços absurdos, porque sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo, não existe explicações aceitáveis para os preços dos alimentos no Brasil.

Na noite da quinta-feira (6/3), o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou um pacote de medidas para baixar os preços dos alimentos, dentre elas, a de zerar o Imposto de Importação de nove tipos de comida: café, carnes, milho, sardinha, açúcar, massas alimentícias, biscoitos, óleo de girassol e azeite.

Além disso, o governo também anunciou que o próximo Plano Safra deve priorizar alimentos da cesta básica. Para incentivar o cultivo de produtos que compõem a cesta de alimentos das famílias, o governo deve estender aos médios produtores incentivos com juros mais baratos.

Outro destaque é o reforço no financiamento para a agricultura familiar. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) receberá uma nova rodada de créditos, com empréstimos de até R$ 50 mil e juros reduzidos entre 0,5% e 1,5% ao ano.  Além disso, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) será ampliado com um investimento de R$ 1,1 bilhão.