O ministro do Turismo Celso Sabino (União Brasil), articula para que o União Brasil (UB) apoie a reeleição do presidente Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2026, informou a jornalista Bela Megale, do Globo. Segundo Sabino, uma ala do partido defende disputar a indicação do vice na chapa presidencial, e prevalecendo essa articulação o posicionamento vai criar complicações para a candidatura de Mauro Mendes ao Senado, pelo União Brasil, uma vez que o governador se distanciou do presidente Lula e trabalha pela unificação de um leque de forças que contempla alianças com o vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), deputado federal José Medeiros, Abílio Brunini e demais prefeitos do PL. e demais lideranças e partido do campo da direita em Mato Grosso.
Prevalecendo essa hipótese, rompido com o projeto de uma eventual candidatura à reeleição de Lula, e sem espaço político no União Brasil (UB), em vista da aliança nacional com o projeto do atual Presidente da República, restaria à Mauro Mendes migrar para outra legenda, opção que traria uma série de transtornos, incluindo o prazo legal para transferência de partido e luta política interna para atrair as lideranças do UB-MT para uma nova agremiação, provavelmente num enfrentamento interno que o senador Jayme Campos e seu grupo político.
Por outro lado, mudando de sigla abriria espaço para o fortalecimento da candidatura do senador Jayme Campos ao governo, numa aliança com o ministro Carlos Fávaro (PSD) e a deputada Janaína Riva (MDB), também candidatos ao Senado, concorrendo às duas vagas que serão disputadas em 2026.
“Eu e boa parte das lideranças do partido defendemos que o União acompanhe o presidente Lula. Na minha concepção, é o melhor caminho. Nosso grupo defende apoiar Lula e, inclusive, disputar a indicação do posto de vice na sua chapa em 2026”, disse o ministro.
Sabino também afirmou que a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado União Brasil), à Presidência é um “ato isolado”. “É legítimo Caiado querer pleitear esse posto, mas não vejo essa vontade pessoal dele refletida na vontade do conjunto das lideranças do partido. Vejo isso mais como um ato isolado do Caiado. A ampla maioria defende o apoio ao presidente Lula”, relatou.
O ministro não acredita no alinhamento do UB à candidatura de Caiado, sem nem sequer mencionar sua condenação e inelegibilidade de oito anos por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024, pela justiça eleitoral.