Matéria publicada na edição impressa do último domingo (23/2) pelo Jornal a Gazeta, traz informações que exibem um cenário sombrio em relação à conclusão da obra do BRT (Bus Rapid Transit), o que pode aumentar o caos e prolongar indefinidamente a conclusão das obras.
A matéria do Jornal A Gazeta cita que a obra abrange uma extensão de 35 Km, sendo 8,9 Km em Várzea Grande e 26 Km em Cuiabá, dividida em cinco trechos, sendo que até o presente apenas 20% do total foi concluída.
O rompimento do contrato anunciado pelo governo em 5 de fevereiro último causou a paralisação das obras, além de incertezas quanto a continuidade, em consequência da negociação e tentativa de acordo com o Consórcio BRT.
Os atraso e incertezas, em consequência da falta de um mapeamento prévio dos problemas, apontam para um cenário cujas adversidades são maiores do que o esperado inicialmente, uma vez que as obras foram iniciadas apressadamente sem projeto arquitetônico e através de Regime Diferenciado de Contratação.
Na entrevista concedida ao Jornal Gazeta O doutor em Engenharia de Trânsito, Luiz Miguel de Miranda, analisa que nos trechos das avenidas Fernando Correia e Prainha existem mais complexidade do que na Avenida do CPA e Várzea Grande, o que deve trazer problemas complexos a serem solucionados para a conclusão das obras.
Sobre o córrego da Prainha o canteiro central não foi construído prevendo obras do BRT, que exige a construção de pista de concreto apropriada, dotada de estrutura para suportar além do peso dos veículos, o transporte da carga de passageiros. A drenagem tem mais de 40 anos, e além de desgastada já não suporta o volume das águas, em particular quando atingindo pelo volume fluvial das chuvas, e os ônibus elétricos do BRT não circulam em pistas alagadas.
Problema esse que atinge não só o canal do córrego, como também os bairros que alimentam a Prainha, o que exige obras de drenagem e reforço do canal, além das edificações conjuntas nos bairros do entorno da região central de Cuiabá.
Levando em contas o conjunto de fatores, o cenário é sombrio acenando para situação de caos em corredores comerciais, de trânsito e residenciais, nas proximidades das obras, perspectiva que acena para atraso na conclusão, que caminha para se prolongar por tempo indefinido.