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Política Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025, 05:37 - A | A

Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025, 05h:37 - A | A

Inaceitável MT ser grande produtor mundial e importar alimentos para baratear preços

Da Redação

Causa espanto o governo anunciar que depende de reduzir os impostos sobre a importação, para favorecer a entrada de alimentos para abastecer os brasileiros com comida a preços mais acessíveis.

Uma vez que o Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo, isso é um absurdo! O mesmo pode se afirmar em relação à Mato Grosso, o maior produtor do país, e mesmo assim os preços dos alimentos alcançam as nuvens.

"Todo aquele produto que estiver com o preço interno maior do que o preço externo, nós vamos atuar de imediato, por exemplo, na alíquota de importação", afirmou o ministro Rui Costa à jornalistas, declaração reforçada pelo ministro Carlos Fávaro, que asseverou: “somos exportadores de alimento, não pode nosso produto estar mais caro aqui do que fora”.

Para pagar impostos reduzidos o agronegócio produz para exportação, que é isenta de ICMS e recolhe pequena carga de tributos, entre 4% e 5%. A carga de impostos com alíquota baixa, estimula o setor a produzir sem o compromisso de abastecer o mercado interno. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), por exemplo, mostram que arroz, feijão e trigo encolheram nos últimos 20 anos no cardápio da produção de grãos nacionais de 18% para 7% do total, enquanto soja e milho, que estão entre as commodities mais exportadas pelo Brasil, subiram de 76% para 89% do bolo total.

A baixa produção de alimentos para abastecer a população reduz a oferta e aumenta os preços dos alimentos. Afora esse aspecto, mesmo em relação a itens como o milho e carne, que alcançam expressiva produção, a prioridade de agentes do agronegócio é exportar em dólar para aumentar os lucros, enquanto nas prateleiras e balcões do comércio varejista os consumidores brasileiros são obrigados a pagar preços exorbitantes.

O descalabro que afeta os brasileiros tem como causa uma combinação de fatores, que reúne a incompetência do governo Lula, que não viabilizou os estoques reguladores, para conter os preços, meio utilizado no passado que funcionou com sucesso, nem investiu de forma correta na agricultura familiar, responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros.

Ao contrário de utilizar desses dois meios eficazes, o governo abarrotou os cofres do agronegócio com planos safras bilionárias, sem exigir como contrapartida o abastecimento do mercado interno com alimentos a preços acessíveis. Guiado pela ganância por lucro, o agronegócio prioriza a exportação em dólar, e no mercado interno arranca o couro do povo elevando nas nuvens os preços dos alimentos que produz.

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TARCISIO SOBREIRA 02/02/2025

Realmente um absurdo atingir marcas tão expressivas no mercado externo enquanto o mercado interno não acompanha tal êxito.

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