Apenas na primeira semana de funcionamento cerca de 20 mil pessoas visitaram o Aquário Municipal. Depois, a grande freqüência diária do público, que continua lotando o aquário, ressalta alguns aspectos importantes.
Primeiro, o retorno social e econômico do investimento no lazer e em iniciativas que contribuem para fomentar o turismo, numa área que em Cuiabá é subexplorada por falta de investimento e realização de eventos com capacidade para atrair público. A tal ponto, que logo de início a freqüência de público aponta para a viabilidade da exploração do entorno do Aquário Municipal, voltado à instalação de lanchonetes, bares, restaurantes e similares, stands de artesanatos, obras de artes e outras atividades que geram negócios, faturamento, renda, empregos, salários e tributos.
Outro ponto que salta aos olhos, relaciona-se à inexistência de opções que despertem interesse no público. Sendo o Aquário Municipal uma opção atrativa, a resposta do público é positiva congestionando o local na busca por observar a fauna aquática característica do Rio Cuiabá e Pantanal mato-grossense.
A reação do público indica que o Aquário Municipal será um dos pontos mais visitados em Cuiabá pela população e turistas, e passa a representar atrativo que reforça o turismo em nossa cidade, desnudando a falta de visão dos governantes acerca do elevado potencial do turismo e lazer, que só depende de investimentos na exploração do nosso potencial. Investimentos, que dependem mais de visão e criatividade, pois enquanto o mundo explora o turismo como atividade de alto impacto econômico e social, em Cuiabá o imenso potencial do Rio Cuiabá é ignorado.
O Brasil é um gigante das águas, mas o turismo náutico não otimiza a exploração turística. Já na Europa, a navegação por rios oferecem uma experiência cultural única, com conforto e praticidade. O viajante se encanta com as paisagens enquanto a embarcação corta os rios revelando seus cenários mais esplêndidos, explorando itinerários através dos rios Danúbio, Reno, Meno, Mosela, Rodano, Sena e Douro.
