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Geral Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024, 10:22 - A | A

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CUIABÁ UMA ILHA DE CALOR

Cuiabá corre risco de caos urbano pela falta de reflorestamento

Destruição de 45,37% da vegetação exige plantio de árvores em grande escala

Da Redação

Um dos temas recorrentes, e que recebeu destaque, na campanha eleitoral, trata-se da recuperação do verde de Cuiabá. Inúmeras propostas foram apresentadas, porém nenhuma demonstrou consistência, no sentido de apontar alternativas plausíveis, considerando que Cuiabá corre o risco de se transformar numa cidade inabitável, atingida por uma onda de calor insuportável, capaz de gerar situação de caos urbano, como apontam vários estudos e projeções dos especialistas em clima.

As soluções para as adversidades geradas pelo aquecimento exigem um reflorestamento de grande porte.  Requer um diagnóstico atualizado e consistente, que permita a formulação de propostas tecnicamente bem embasadas, objetivando definir os procedimentos capazes de efetivamente contribuir para recompor na proporção exigida a vegetação destruída.

ILHA DE CALOR

Segundo dados oficias divulgados pela Sema-MT, até o ano de 2016 já haviam sido desmatados 148.095,57 hectares da vegetação da cidade, 45,37% dos 324.419,90 hectares que formam o território de Cuiabá. Situação essa agravada em consequência da localização geográfica de Cuiabá numa depressão a 644 metros abaixo do nível de Chapada dos Guimarães, além da numerosa frota de veículos da cidade, composta de mais de 500 mil veículos e de mais outros 208 mil da frota de Várzea Grande (Detran/Net setembro 2024), responsáveis pela queima de grande quantidade de combustíveis fósseis. Fatores esses acrescidos da estrutura de concreto e asfaltamento das ruas, que transformam a Grande Cuiabá numa ilhar de calor.

O desafio a ser enfrentado, portanto, é de grande magnitude, porque o desmatamento atingiu grande proporção, exigindo um reflorestamento em grande escala, conjugado com outras medidas imprescindíveis para combater os efeitos da ilha de calor resultante da queima de combustíveis fósseis da frota de veículos e estrutura de concreto e asfaltamento das vias públicas.

FÁBULA DE RECURSO

De forma que, a grosso modo, o plantio em larga escala conforme exigido, consumiria uma fábula de recursos, haja vista que tecnicamente o reflorestamento requer o mínimo de 1.667 árvores por hectare, a um custo médio de 15 mil reais por hectare. Consequentemente, para reflorestar os 148 mil hectares seriam necessárias 246.716.000 árvores, que ao custo de R$ 15 mil por hectare, totalizaria um investimento na ordem de R$ 2 bilhões e 220 milhões, demanda financeira infinitamente superior às possibilidades orçamentárias do município.

Como se pode observar, a gravidade e complexidade da situação exigem um trabalho técnico detalhado, para diagnosticar e definir ações prioritárias, de maneiras a encontrar soluções que possam racionalizar o plantio de árvores, com metas de médio e longo prazo. Dessa forma, paulatinamente reflorestar Cuiabá de modo a contribuir para amenizar o calor insuportável e evitar o caos.  Mas, com certeza, não será com propostas desconectadas da realidade, amadorismo, improvisações e plantio artesanal de árvores, que Cuiabá será salva de uma catástrofe climática.

Além de profissionalismo, devido à proporção e complexidade que o problema alcançou, o reflorestamento de Cuiabá requer uma força tarefa que reúna recursos financeiros dos governos estadual, federal e das administrações dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Força tarefa, que além do Poder público, mobilize organizações da sociedade civil, pessoas físicas, e instituições diversas da sociedade no enfrentamento ao grandioso desafio.

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GILSON CORREA ALVES 13/12/2024

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