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Política Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 09:11 - A | A

Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 09h:11 - A | A

Mínimo de R$ 1.630 mantém Brasil com o segundo salário mais baixo da América Latina; supera apenas o da Nicarágua.

Da Redação

A equipe econômica do governo Lula propôs um salário mínimo de R$ 1.630 para o ano de 2026. A proposta consta do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, encaminhado pelo Executivo Federal ao Congresso Nacional.

O ganho real (descontado a inflação) para o trabalhador foi de 2,5%. A elevação é de apenas R$ 112 em relação aos R$ 1.518 atualmente em vigor. A proposta representa um freio na política inicial do governo de recuperação do salário mínimo, que voltou a ter ganho real, após ficar estagnado nos governos Temer e Bolsonaro.

Com a obsessão de cumprir a meta fiscal, o ministro Fernando Haddad impôs um limite no reajuste real do salário mínimo de 2,5%, medida aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2024. Até o final deste ano a proposta do piso mínimo nacional pode ser alterada pelo Legislativo.

O salário mínimo de R$ 1.630 sugerido para o próximo ano segue aquém das expectativas dos trabalhadores brasileiros, que nos últimos anos vêm perdendo o poder de compra para as despesas do dia a dia, como as contas de luz, água, internet, aluguel, entre outros. Esses itens têm tido aumentos bem acima da inflação.

A carestia voltou a assombrar as famílias brasileiras, com os preços dos alimentos aumentando, sejam por fatores climáticos ou por pura especulação dos preços das commodities alimentícias em bolsas de valores internacionais.

Além do teto no reajuste do salário, a população se depara com a falta de medidas por parte do governo para conter a alta da inflação dos alimentos, com estoques reguladores e contenção da especulação com preços dos alimentos por parte dos exportadores e dos monopólios que controlam a distribuição e vendas nos supermercados do país, prejudicando o mercado interno e pesando no bolso do trabalhador.

Conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o preço médio da cesta básica voltou a subir em março, atingindo 14 das 17 capitais pesquisadas. Com São Paulo registrando a cesta básica mais cara do país (R$ 880,72, em média), o trabalhador compromete 62,72% de sua renda líquida (descontada a Previdência) apenas com alimentos básicos.

Hoje o Brasil tem o segundo pior salário mínimo da América Latina, quando considerado os valores em dólares (US$), segundo o portal mexicano El CEO, com base em números da Comissão Nacional de Salários Mínimos do México (CONASAMI). Com um salário mínimo de US$ 248,53 por mês, o Brasil só ganha da Nicarágua (US$ 211,13), que é o último colocado, entre os 16 países listados pelo periódico digital de mercado.

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