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Política Terça-feira, 07 de Janeiro de 2025, 08:08 - A | A

Terça-feira, 07 de Janeiro de 2025, 08h:08 - A | A

Sem captar recurso extra-orçamento, controle de gastos não resolve os problemas de Cuiabá

Adalberto Ferreira

O prefeito Abilio Brunini repete um cardápio de medidas administrativas e financeiras voltadas ao equilíbrio entre arrecadação e gastos públicos do município, amparado, principalmente, na decretação da calamidade financeira em Cuiabá.

A estratégia para enfrentar a fragilidade financeira também inclui demissão em massa e repactuação dos contratos, para racionalizar dívida de curto prazo de R$ 1,6 bilhão, herdada da administração de Emanuel Pinheiro, segundo divulgação efetuada pelo prefeito Abílio e equipe de secretários e assessores.

Na busca por justificar as medidas adotadas, através de uma exposição de dados o prefeito argumenta que sem medidas duras de austeridade Cuiabá não teria como honrar os compromissos, com a agravante de correr risco de caos ainda maior na Saúde e atraso do pagamento dos salários.

Tomando por base toda a narrativa, além dos demonstrativos apresentados, não há dúvidas de que resta a adoção de medidas de austeridade para evitar perda do controle financeiro, levando em contas a situação em que se encontra a Prefeitura de Cuiabá.

Porém, apenas a política de austeridade não basta!

Divulgam-se metas de contenção de gastos sem sinalizar o que pode ocorrer no futuro. Aliás, as metas buscando evitar o “caos” administrativo, com extensão na prestação de serviços essenciais, converge para a acomodação dos problemas cruciais da cidade à uma situação de mesmice. O cidadão cuiabano pode esperar “mais do mesmo” por 180 dias ou até um ano, em razão do decreto de calamidade do prefeito Abílio Brunini prever prorrogação por mais 180 dias.

A crise que atinge a máquina púbica em Cuiabá ronda, permanentemente, à praticamente todas as prefeituras do país, em função do esvaziamento financeiro. Da junção e soma dos impostos, os municípios recebem, tão somente, 15% do total, o que denota que a crise é estrutural e não meramente localizada.

Eventuais desvios e excessos cometidos como denuncia o prefeito Abílio Brunini, podem exigir medidas de austeridade, porque rigor no gerenciamento do dinheiro público é essencial. Mas sem visão empreendedora a administração será engolida pelo sistema e nivelada por baixo, por não conseguir dar resposta aos desafios.

Sem recursos de nada adianta programa de governo, equipe qualificada, austeridade financeira e vontade política para atender as demandas. Tudo vai por água abaixo...

Então, o salvacionismo do equilíbrio das contas públicas se prolonga apenas até a página três, pois daí para frente a história passa a ser bem diferente. Abílio Brunini, mais do que surfar na onda provocada pelos erros e desmandos do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, será desafiado a dar resposta aos problemas que a cidade enfrenta, mais cedo do que se possa imaginar.

A viabilidade da administração de Abílio Brunini dependerá, fundamentalmente, da sua capacidade de articulação política, objetivando levantar recursos para obras, projetos e melhoria da saúde, em situação precária, transporte coletivo, cuja qualidade é afronta ao cidadão, trânsito congestionado e caótico, propiciar cultura e lazer, porque em Cuiabá inexiste política cultural, recuperar o Centro Histórico, que definha enfrentando um processo de esvaziamento, entre tantas outras demandas.

Recursos, que dificilmente serão viabilizados através da arrecadação do município de Cuiabá.

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Leandro Pinto Filho 08/01/2025

Durante a campanha eu sempre fiz esse tipo de colocação, Cuiabá iria precisar de um gerente que tivesse capacidade de articulação, pelo que me parece o Abilio não tem, infelizmente só boa vontade não basta.

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