Lei pretende extinguir os radares fixos, uma das ferramentas mais debatidas em termos de fiscalização. No lugar desses dispositivos, surge uma alternativa que visa equilibrar a vigilância com a transparência, oferecendo aos motoristas um novo cenário para se adaptarem às mudanças.
A justificativa para essa mudança baseia-se na alegação de que os radares têm se mostrado ineficazes na redução da velocidade dos motoristas.
O deputado argumenta que muitos condutores preferem pagar as multas a diminuir a velocidade, o que comprometeria a segurança viária. Assim, a instalação de lombadas físicas obrigaria os motoristas a reduzir a velocidade, aumentando a segurança nas vias.
Debate
No entanto, especialistas em segurança no trânsito expressam preocupações sobre a eficácia da medida.
Flavio Emir Adura, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), destaca que a substituição de radares por lombadas físicas pode reduzir a efetividade da fiscalização, incentivar o desrespeito às leis de trânsito e aumentar a insegurança.
Além disso, ele enfatiza que, em um país com altas taxas de mortalidade no trânsito, flexibilizar normas de fiscalização pode ser um retrocesso.
Benefícios
Diante disso, a proposta de substituir radares por lombadas físicas levanta questões sobre a eficiência na fiscalização de velocidade em trechos mais longos.
Enquanto os radares podem monitorar a velocidade ao longo de um trecho, as lombadas físicas atuam pontualmente, o que pode não ser suficiente para coibir comportamentos imprudentes em vias mais extensas.
Por fim, embora as propostas de substituir radares por lombadas físicas possa parecer solução viável para alguns, é essencial considerar as implicações para a segurança viária.
Além disso, a eficácia da medida deve ser avaliada com base em estudos técnicos e evidências que comprovem sua real contribuição para a redução de acidentes e promoção de um trânsito mais seguro.