O secretário de Obras Públicas, Reginaldo Teixeira, prevê que não serão possíveis ações de alto impacto no reparo do asfalto de Cuiabá. Diante da circunstância financeira crítica alegada pelo prefeito Abílio Brunini, que decretou calamidade financeira.
Em entrevista concedida à imprensa local, o secretário de obras destacou que sequer dispõe de levantamento a respeito da demanda e custo para recuperar o asfalto da malha viária de Cuiabá. Informou apenas, que se encontra em fase de elaboração um relatório emergencial para auxiliar na orientação das providências a serem tomadas, informações que já deveriam ter sido levantadas no período de transição.
Reginaldo Teixeira defende que tecnicamente é inviável resolver o estrago da malha viária da cidade apenas com obras tapa-buracos. Entende que se faz necessário cortar e refazer o asfalto, mas não existe recurso financeiro. Dessa forma, em vista da situação financeira da Prefeitura de Cuiabá, o secretário de Obras vislumbra como alternativa emergencial recuperar as vias por onde transitam os ônibus que operam no transporte coletivo urbano, sendo que uma das medidas previstas é a ampliação da faixa de ônibus.
Entretanto, na prática a ampliação da faixa de ônibus tem como obstáculo a obra do BRT na Avenida Rubens de Mendonça, um dos principais corredores do trânsito.
A avenida, que anteriormente dispunha de três pistas de cada lado para o tráfego de veículos, atualmente conta com apenas duas, o que impossibilita a reserva de faixa para uso exclusivo dos ônibus. As obras de construção da pista exclusiva para o BRT avançam no sentido CPA-Centro Histórico, e o transtorno gerado deve se prolongar até a conclusão prevista para o final do ano.
Ou seja, nessa circunstância a ampliação da faixa exclusiva, enquanto medida emergencial traria pouco ou nenhum efeito prático no sentido de auxiliar à melhoria do trânsito, em função do excesso de buracos nas vias públicas de Cuiabá. A alternativa viável é a Prefeitura de Cuiabá levantar os recursos para refazer o asfalto, uma vez que obras de tapa-buracos não resolvem.
Por enquanto, devido à justificativa de que a Prefeitura de Cuiabá não dispõe de recurso financeiro para recuperar o asfalto, não restam esperanças de que os transtornos e prejuízos causados pelo excesso de buracos sejam eliminados tão cedo.
Por último, para agravar a situação, ainda mais, a conclusão das obras do BRT previstas para o final de 2025 se encontram em atraso.
