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Geral Sábado, 30 de Novembro de 2024, 18:37 - A | A

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Tragédia anunciada

MT sujeito a caos no abastecimento energia devido falhas da Energisa

Da Redação

O apagão em São Paulo, causado pelo descaso da empresa Enel, concessionária de energia elétrica na região, gera apreensão, posto que Mato Grosso também pode enfrentar sérios problemas, em razão da Energisa não investir em equipamentos e na contratação de pessoal para manutenção preventiva, nem fazer podas de árvores dois procedimentos importantes para garantir a segurança do sistema elétrico do estado. Por isso, fortes temporais podem trazer prejuízos enormes para os consumidores residenciais e empresas, cujas conseqüências para a economia de Mato Grosso são incalculáveis.

Em razão da não contratação de pessoal, a Energisa Mato Grosso não conta com equipes para executar a manutenção preventiva, procedimento essencial para garantir a segurança do funcionamento do sistema elétrico, e conseqüentemente não tem como corrigir com rapidez e eficiência as quedas do abastecimento de energia, na hipótese de um apagão generalizado causado por temporais. Um sinal da insegurança, que ronda o sistema elétrico de Mato Grosso, porque mesmo no enfrentamento à situações menos complexas prevalece uma excessiva demora para restabelecer o abastecimento, o que submete os usuários ao infortúnio das esperas de horas e mais horas sem energia elétrica.

Como demonstra o Balanço Patrimonial da empresa ano de 2003, publicado no Diário Oficial de MT, a Energisa reduziu o quadro de funcionários próprios e terceirizados de 3.800 para 3.672, entre os anos de 2014 e 2023. Assim sendo, cortou empregados quando o correto seria aumentar o quadro de funcionários, visto que no período a quantidade de clientes cresceu de 1.269.581 para 1.638.000, assim sendo, um acréscimo de 369.419 novos consumidores. O corte de empregados contribuiu de tal forma para degradar a qualidade dos serviços, que nos últimos sete anos a Energisa figura como a campeã de reclamações no Procon.

A rede de distribuição de energia elétrica, que em 2014 era de 114.616 Km, cresceu para 229.114 Km em 2023. Portanto, mais que dobrou de extensão, e em decorrência da expansão, cada empregado que atendia 30,16 Km de linha, passou a responder, em média, por 62,39 Km, dado que atesta a irracionalidade do corte de funcionários, e riscos de apagões, aos quais está submetido o sistema elétrico do estado.

A falta de investimentos e a não contratação de pessoal não se justifica, posto que o faturamento líquido da Energisa MT cresceu dos R$ 104,8 milhões em 2014 para R$ 1.113,70 bilhão em 2023, demonstrando que o interesse maior da Energisa é abarrotar os cofres da empresa, sem se preocupar em aplicar recursos para garantir a segurança do sistema elétrico e ofertar serviços de qualidade ao consumidor.

A precariedade da poda de árvores é outra ameaça à segurança do funcionamento do sistema elétrico, um problema que acende o sinal de alerta em relação aos imprevistos que podem ocorrer no período das chuvas, cujos desdobramentos são imprevisíveis. Exemplo é o caos provocado pelo mal funcionamento do sistema elétrico na cidade de São Paulo, a ponto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmar, que “mais de 50% dos eventos relacionados à falta de luz foram causados por árvores caindo em cima do sistema de média e baixa tensão”.

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