Nesta última quarta-feira (15/1) o noticiário econômico da mídia a serviço dos bancos e magnatas do capital financeiro, divulgou o déficit público do Brasil mencionando o rombo causado pelo juro muito alto, com base em relatório do BTG Pactual.
Como sempre, o noticiário não analisa o déficit público com clareza e seriedade. Nitidez que permita visualizar que 77% do déficit é acarretado pelo juro criminoso, empurrado goela abaixo pelo Banco Central (BC); a mídia servil vinha divulgando somente o déficit primário, que não inclui pagamento do juro da dívida pública. Até outubro o país acumulou déficit nominal – receita do setor público menos as despesas – de R$ 1.092,6 trilhão, sendo que desse montante, R$ 918,2 bilhões correspondem a juros. Tendo em contas esse cenário, o setor público fecha 2024 com déficit de 23 %, e o pagamento de juro com 77% do total do déficit público nominal.
Além de tudo, o total de 23% déficit de refere-se ao setor público consolidado, que inclui o Governo Federal, estatais, estados, municípios e Distrito Federal.
De maneira irresponsável, no entanto, divulga-se somente o déficit primário, que não considera o pagamento de juro, para incriminar o Governo Federal por uma suposta “gastança” de dinheiro público, o que não corresponde à verdade dos fatos, conforme demonstram os resultados macroeconômicos. Quando os números reais vêm a tona, fica evidenciado que a “gastança” ocorre com juro abusivo e não pelo setor público.
A narrativa midiática exibe dados distorcidos no sentido de criar cenário favorável ao aumento ainda maior da Selic, a custa do corte de recursos da Saúde, Educação, Segurança e políticas públicas essenciais, com o fim de enriquecer, cada vez mais, os bancos e agiotas do capital financeiro, impondo ao Brasil estagnação, pela falta de investimentos numa política desenvolvimentista, além do atraso, pobreza e desigualdade social.
Mas mesmo diante da verdade incontestável demonstrada pelos dados oficiais, de maneira cínica a mídia propaga que em razão da “gastança” de dinheiro público, entre 22 países, o Brasil é segundo maior déficit do mundo, responsabilizando o setor público. A Bolívia ficará na frente do Brasil, com déficit médio de 9,7% do PIB, logo após o Brasil com 8,6%, seguido pela Índia e China com saldo negativo de 7,8%.
Alex Mattos 18/01/2025
A economia brasileira está em crescimento, mas com perspectivas de desaceleração. Alguns fatores que impulsionaram o crescimento da economia brasileira foram: Pagamento de precatórios, que o Mito deu o calote no governo anterior, o Aumento do benefício mínimo do Bolsa Família, Reajuste do salário mínimo acima da inflação.
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