A parceria com Cuiabá, anunciada pelo governador Mauro Mendes, constitui-se em mais um passo na direção da aliança com o Partido Liberal em Mato Grosso, na busca de viabilizar o projeto na disputa ao Senado em 2026.
A aliança com o PL cumpre papel estratégico para fortalecer o projeto do governador, por isso, de olho no cacife eleitoral do PL, fortalecido após as vitórias em 21 municípios do estado, entre eles Cuiabá e Várzea Grande, cidades pólos que juntas concentram 632.932 eleitores – 24,5% dos votos, 1/3 do eleitorado do estado - o governador Mauro Mendes, estrategicamente, anunciou parceria com o prefeito Abílio Brunini.
Todavia, a aliança prenuncia um “racha” no União Brasil (UB) no estado. Isso, porque o provável acordo com o PL, incluiria a candidatura do deputado federal José Medeiros ao Senado, numa articulação que envolve o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, além do apoio de Mauro Mendes ao vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), para o governo do estado.
Uma chapa majoritária composta pelo governador Mauro Mendes e José Medeiros ao Senado, e Otaviano Pivetta ao governo, deixaria o Senador Jayme Campos e seu grupo político sem espaço no União Brasil (UB), devendo provocar sua debandada política para outra sigla.
Inclusive, atento ao cenário, o Senador Jayme Campos admite publicamente a deixar o União Brasil para se candidatar ao governo, provavelmente num acordo com o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) que pretende disputar reeleição ao Senado, PT, PCdoB além de outras agremiações fora do leque de forças governistas em Mato Grosso.
Afora esse leque de forças, também existe a possibilidade de atrair o MDB compondo chapa majoritária com a deputado Janaína Riva, na disputa pelas duas vagas ao Senado.
