Enquanto o debate sobre os percentuais de recomposição da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores do estado de Mato Grosso tramita no legislativo, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), lembra que nos anos de 2020 e 2021, não foram concedidos sequer as revisões inflacionárias aos servidores públicos estaduais. A ausência de reajuste foi justificada pelo governo Bolsonaro, alegando período de pandemia e a necessidade de adequação às normas de responsabilidade fiscal vigente. Apesar disso, a economia do estado despontou nacionalmente como superavitária.
“Assegurar a reposição da inflação integral é o mínimo para manter o poder de compra dos servidores nos itens fundamentais para a qualidade de vida, como alimentação, moradia e vestuário”, destaca o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.
Apesar da recomposição inflacionária anunciada para 2025 pelo governo estadual, o Sintep-MT insiste que a correção salarial dos educadores deve levar em conta não só a inflação, mas também a recomposição das diferenças dos calotes de anos anteriores. “É necessário que o governo realize mesa de negociação, onde a partir dos cálculos daquilo que são as receitas da educação, se aponte um percentual de reposição que assegure retomar o ganho real dos salários”, destaca Valdeir Pereira.