O IBGE divulgou o IPCA de 4,83% em 2024, índice 0,33% acima dos 4,5% da meta da inflação, mas os tubarões do capital financeiro usam a mídia por eles financiada, para despejar um turbilhão de mentiras, cobrando aumentos de mais 2% da Selic nas duas próximas reuniões do Copom.
Cada 1% de elevação da Selic, significa o acréscimo de R$ 40 bilhões a mais da divida pública. O resultado dos aumentos da Selic nas três últimas reuniões do Copom soma 1,75%, R$ 70 bilhões de aumento da dívida. Mais 2% representariam outros R$ 80 bilhões, totalizando R$ 150 bilhões para engordar os cofres do capital financeiro.
O BC descumpriu a meta de inflação oito vezes desde 1999, quando o sistema foi criado. Adotam-se metas muito baixas que não podem ser alcançado nunca. Então, a meta de inflação não existe para controlar o aumento dos preços, mas para manipular a economia e justificar os aumentos absurdos do juro, a pretexto de impedir inflação descontrolada. Além disso, a altíssima taxa de juro é usada para drenar o dinheiro do setor produtivo para a especulação, visto que a “lógica” imposta à economia torna a especulação mais atraente e rentável.
O que há no Brasil é uma taxa de juros inaceitavelmente alta. Cerca de 90% do crescimento da dívida pública brasileira é causado pelas taxas de juros do Banco Central. Só nos últimos 12 meses, até novembro, foram transferidos R$ 918 bilhões do Tesouro Nacional para o pagamento deste quesito aos rentistas. Isto é mais do que os gastos com Saúde, Educação e Assistência Social juntos. Ou seja, o país está sendo sangrado para alimentar a ciranda financeira.